É madrugada,
O orvalho cai lentamente
Molhando com delicadeza
Cada coisa que toca.

Umedecidas e revigoradas
As plantas se enchem de gratidão.

Antes adormecida,
Uma singela flor desperta
Para os raios do amanhecer.

Quando ela se abre,
O sol aquece suas pétalas.
Uma gota de orvalho,
Pura, minúscula e cristalina,
Brilhando como uma bolinha de fogo,
Refletindo o sol,
Corre  nela silenciosamente.

Um beija-flor, pousa  delicadamente
E antes que a gota seque ao sol,
Aquela criaturinha sacia sua sede.

Aquilo basta.
Ele parte sem olhar pra trás.