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Descortinando a Vida
Eu sou um rio que vem de muito, muito longe, cujas águas passam por aqui, agora.
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Textos
Doce Melancolia
Campos dourados,
Que saudade daqueles trigais,
Onde jovens enamorados
Brincavam e se escondiam.
Via-se ao longe, nas casas antigas
Mulheres estendendo roupas nos varais.

Que tempos eram aqueles!
Que doces lembranças
Do vento penteando
Aquele mar  de espiguinhas douradas
Ondulando o trigal
Como um balé sincrônico
Por notas orquestradas
Magicamente regidas
Por um poder sem igual.

Era uma vida árdua e simples
Regulado pelas estações
Nas festas os jovens enamorados
Esqueciam-se das missas e dos longos sermões.

Os mais velhos, como as crianças respeitavam!
A benção pai! Benção mãe! Benção vô! Benção tia!
As famílias, na mesa se reuniam
Compartilhando as aventuras do dia.
Mesmar
Enviado por Mesmar em 31/10/2017
Alterado em 01/11/2017
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